Comissão da Mulher foi fundamental para avanço das mulheres no legislativo paranaense

Presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, a deputada Cantora Mara Lima (Republicanos), ressalta avanços, mas critica os altos índices de violência doméstica

Desde a implantação da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, que completa 13 anos, a representatividade feminina no legislativo paranaense ganhou força com a instalação da Procuradoria da Mulher, em 2019 e a criação da Bancada Feminina em 2023.

Hoje, a Assembleia Legislativa do Paraná conta com a maior participação feminina da história, com 10 parlamentares eleitas que estão ganhando espaço na mesa executiva, na gestão administrativa da casa, e na política do estado.

Desde o início dos trabalhos da Comissão, sempre presidida pela deputada cantora Mara Lima (Republicanos) diversas leis para a proteção da mulher foram aprovadas pelos deputados estaduais do Paraná. Algumas ganharam destaque como o “Código Sinal Vermelho” (Lei nº 20.595/2021),  a “Semana Mulheres Pela Paz” (Lei nº 19.622/18), a “Campanha Estadual 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres”( Lei nº 20.234/ 2020), e o Aplicativo Salve Maria (Lei nº 20149/2020), de autoria da deputada cantora Mara Lima, que prevê o uso das tecnologias na proteção da mulher vítima de agressão.

Outros projetos seguem em tramitação na Assembleia Legislativa do Paraná, como o “Auxílio Maria da Penha” (Projeto de Lei nº 41/2023), que estabelece um auxílio social à mulher vítima de violência doméstica e familiar para que ela não dependa financeiramente do agressor.

Nesta semana, em sessão especial comandada pelas deputadas estaduais, alusiva à Semana da Mulher, foi aprovado pela CCJ, a Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa do Paraná, o projeto de lei que permite às mulheres o acesso aos antecedentes criminais de seus parceiros (PL 69/2004).

O texto, de autoria da deputada cantora Mara Lima (Republicanos), prevê a consulta de fatos tipificados como crime pela Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006), como violência doméstica e familiar e crimes praticados com violência contra a pessoa ou grave ameaça.

O PL determina ainda que instituições de defesa da violência contra a mulher devem divulgar informações dos sites e sistemas, facilitar e estimular que as mulheres possam fazer essas buscas.

“As medidas adotadas poderão incluir campanhas e ações diversas com o intuito de alertar e incentivar condutas de segurança entre as mulheres, incentivando-as a buscar informações sobre o histórico de eventuais agressões ou condutas agressivas de seus companheiros, namorados e demais relacionamentos, ainda que transitórios, para que se protejam de qualquer tipo de violência”, diz o texto.

Violência contra a Mulher

Uma a cada três mulheres brasileiras já sofreu violência física ou sexual de parceiros ou ex-parceiros. São mais de 50 mil vítimas por dia, um estádio de futebol lotado, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

No Paraná houve queda de 43,7% de feminicídios no 1º bimestre de 2023, mas o estado ainda é o terceiro no ranking com 137 casos nos primeiros nove meses de 2023, segundo dados do Laboratório de Feminicídios da Universidade Estadual de Londrina.

De acordo com a deputada cantora Mara Lima, combater a violência contra a mulher é a missão da Comissão de Defesa da Mulher da Assembleia Legislativa do Paraná. 

“A violência contra a mulher é um fenômeno histórico na sociedade brasileira, e possui raízes estruturais que persistem em não deixar as famílias. Nos últimos anos muitas vítimas ganharam voz e passaram a denunciar seus agressores. Os 13 anos de atuação da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher foram decisivos nesse avanço, mas ainda temos muito a conquistar”, afirmou a deputada cantora Mara Lima (Republicanos), presidente da Comissão desde a implantação, em 2011.

“O trabalho da Comissão é parte de uma revolução nas relações abusivas que se perpetuam ao longo do tempo. Nesses 13 anos, realizamos diversas audiências públicas e aprovamos dezenas de projetos de lei para combater a violência contra a mulher. Além do respaldo legal, o trabalho de conscientização é muito importante. É uma mudança cultural e precisamos da ajuda de toda a sociedade, porque sozinho não se consegue nada”, avaliou.

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