Assessoria com Comunicação da Alep
A Assembleia Legislativa do Estado do Paraná debate a criação do Junho Roxo, mês de conscientização e prevenção do Lipedema (Projeto de lei 266/2024). A proposta apresentada pelas deputadas Cantora Mara Lima (Rep), Maria Victoria (PP) e Márcia Huçulak (PSD), e pelo deputado Tercílio Turini (MDB), tem o objetivo de conscientizar a sociedade, incentivar o diagnóstico precoce, políticas públicas e pesquisas sobre a doença que acomete 12,3 % das mulheres brasileiras.
“Há muitos anos eu sofro com lipedema. É uma doença invisível que afeta milhões de mulheres no mundo todo. Por isso, apresentei um projeto de lei na Assembleia Legislativa do Paraná para instituir a campanha Junho Roxo. Estou empenhada na conscientização sobre a doença e a importância do diagnóstico precoce para aliviar o sofrimento de tantas mulheres que também são acometidas por essa condição”, destaca a deputada Cantora Mara Lima.
Recentemente a deputada Maria Victoria recebeu a médica Débora Cristina Oro Froehner, que é especialista no tratamento da doença e auxiliou na redação do projeto de lei. Segundo a deputada, o Paraná é o primeiro Estado a legislar sobre o tema.
“A doutora Débora nos procurou e alertou sobre a necessidade de estabelecermos no Paraná uma legislação específica que aborde o lipedema. Nosso objetivo é divulgar a boa informação sobre a doença para facilitar o diagnóstico, ampliar as possibilidades de tratamento e conscientizar a sociedade”, disse Maria Victoria.
A doença Lipedema é conhecida há mais de 80 anos, porém era vista como uma questão estética. Foi padronizada na Classificação Internacional de Doenças (CID) apenas em 2022.
“O lipedema é uma doença de impacto sistêmico, além do aspecto emocional, tendo repercussão na qualidade de vida das mulheres em qualquer idade. É uma grande satisfação ver esse projeto se materializar pelas mãos de duas mulheres, que farão a diferença na vida de outras tantas” destaca Dra. Debora Froehner.
“Conhecimento e conscientização fazem toda a diferença no impacto que uma doença vai ter na pessoa”, diz a deputada estadual Márcia Huçulak (PSD). “Por isso, as campanhas são importante forma de chamar atenção e alertar a população. Principalmente no caso do lipidema, que não tem cura, sendo o tratamento fundamental para aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida.”
Márcia lembra no caso do lipidema, que atinge principalmente as mulheres, os sintomas costumam ser desconforto, cansaço, hematomas frequentes, inchaço e dor nas pernas, causando também desconforto estético. Casos mais graves podem dificultar o caminhar e atrofiar músculos.
“O lipidema é uma doença crônica basicamente de mulheres, que muitas pessoas, às vezes, confundem com obesidade. E não é. Muitas vezes o diagnóstico é confundido com outras doenças. Então, além de conscientização, o projeto também tem o objetivo de mostrar que existe prevenção, principalmente na questão da alimentação. Por isso é importante existir essa campanha para fazer toda uma divulgação sobre diagonóstico e prevenção sobre o lipidema”, explicou Turini.
Junho Roxo
Segundo o Projeto de Lei protocolado pelos deputados, o Junho Roxo visa conscientizar a população, em especial as mulheres, sobre o risco da doença, com destaque à necessidade e à importância da prevenção e do diagnóstico precoce dessa enfermidade.
Mundialmente o mês de Junho é destinado à conscientização sobre o Lipedema e o Roxo é a cor que identifica a doença, uma vez que na maioria das vezes, dentre outros sintomas, causa manchas roxas nos membros inferiores.
A instituição do mês no calendário oficial de eventos também busca a disseminação de informações e dados sobre Lipedema, a criação de políticas públicas voltadas para as pessoas acometidas pela doença, pesquisa e o estudo para o avanço do conhecimento sobre a doença, com desenvolvimento de protocolos unificados de diagnóstico e de tratamento, a capacitação e a qualificação multidisciplinar dos profissionais para o diagnóstico do Lipedema, entre outras ações.