Segue para sanção governamental campanha Junho Roxo, de conscientização sobre o lipedema

Os deputados estaduais do Paraná aprovaram, em sessão plenária desta segunda-feira (10), com dispensa de redação final, a criação da campanha Junho Roxo, mês de conscientização e prevenção do Lipedema (Projeto de lei 266/2024). O estado do Paraná é o primeiro do país a legislar sobre o tema. O projeto foi apresentado pelas deputadas Cantora Mara Lima (Rep), Maria Victoria (PP) e Márcia Huçulak (PSD), e pelo deputado Tercílio Turini (MDB), e tem o objetivo de conscientizar a sociedade, incentivar o diagnóstico precoce, políticas públicas e pesquisas sobre a doença que acomete 12,3 % das mulheres brasileiras.

A deputada Cantora Mara Lima ressaltou que muitas mulheres sofrem com o problema. “Estamos empenhados em aliviar o sofrimento dessas mulheres. O Paraná é o primeiro estado a legislar sobre o tema. Isso dá um acalanto grande, pois sabemos que estamos no caminho certo, buscando ajudar estas mulheres. A conscientização e a prevenção são muito importantes”.

A doença Lipedema é conhecida há mais de 80 anos, porém era vista como uma questão estética. Foi padronizada na Classificação Internacional de Doenças (CID) apenas em 2022. 

“Há muitos anos eu sofro com lipedema. É uma doença invisível que afeta milhões de mulheres no mundo todo. Por isso, apresentei um projeto de lei na Assembleia Legislativa do Paraná para instituir a campanha Junho Roxo. Estou empenhada na conscientização sobre a doença e a importância do diagnóstico precoce para aliviar o sofrimento de tantas mulheres que também são acometidas por essa condição”, afirmou a deputada.

Grande Expediente

O Grande Expediente da Assembleia Legislativa do Paraná foi ocupado nesta segunda-feira (10) pela médica Debora Cristina Oro Froehner, que alertou para os riscos da lipedema, doença que atinge principalmente as mulheres e causa inchaço e dores nas pernas. A especialista falou sobre o tema e seus impactos na saúde feminina, mostrando dados da doença e medidas atuais de diagnóstico e tratamento no Brasil e no mundo.

A médica Débora Froehner auxiliou na redação do projeto. De acordo com a médica, estudos apontam que a lipedema é uma doença mal compreendida e sub-diagnosticada, causando sofrimentos físicos e emocionais. Além das dores, os sintomas costumam ser desconforto, cansaço, hematomas frequentes e, em casos mais graves, pode dificultar o caminhar e atrofiar músculos. A doença também resulta em desconforto estético.

A médica lembrou que a lipedema é confundida com obesidade devido ao aumento do tamanho das pernas. “O diagnóstico incorreto pode atrasar a identificação da lipedema por décadas. As pacientes são frequentemente culpadas pela sua condição, incluindo a auto-culpa”, disse. Ela explicou a doença causa o aumento de gordura, nódulos fibróticos, aumento de sensibilidade, alterações articulares e a falta de resposta com dieta e exercício físico.

Mesmo sem cura, há tratamentos para o mal. Nos casos clínicos, ela pode ser combatida com alimentação, suplementação, medicamentos e fisioterapia. Também pode ser tratada com cirurgias plásticas e vasculares. 

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